Todos os animais possuem papéis importantes para o
equilíbrio da natureza. São eles que dispersam sementes e, portanto, plantam
árvores, controlam populações de outras espécies e ainda produzem remédios para
cura de muitas doenças, inclusive humanas. A função deles é primordial para a
existência de outras espécies.
Sabendo disso, o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) selecionou algumas espécies que se
destacam na natureza. Veja abaixo a lista na íntegra da importância delas para
a manutenção e equilíbrio da biodiversidade:
Abelhas
A polinização feita por abelhas contribui com a
manutenção da diversidade de espécies na terra, sendo o fator mais importante
para a existência da vegetação. O desaparecimento das abelhas levará à redução
de várias espécies de plantas e animais e também dos serviços ambientais
fornecidos por elas, como é o caso da polinização, que promove a diversidade
das espécies de plantas. Acredita-se que as principais causas na redução de
populações de abelhas sejam as mudanças climáticas, a grande quantidade de
inseticida utilizado pela agricultura e o desmatamento.
Anfíbios
Os anfíbios são considerados bioindicadores, ou
seja, eles conseguem prever alterações ambientais. A pele permeável e o ciclo
de vida em ambiente aquático e terrestre são características que os tornam
suscetíveis a alterações no ambiente, tanto físicas (umidade e temperatura, por
exemplo) como químicas (poluição, por exemplo). A sensibilidade de algumas
espécies permite dizer que o ambiente não vai bem quando deveriam estar
presentes e não estão. Pensando assim, o declínio de tantas espécies de
anfíbios parece mais grave. Mesmo em áreas em que o ambiente está aparentemente
preservado, o desaparecimento de espécies de anfíbios nos diz que existe um
problema.
Antas
A anta tem o hábito de procurar comida durante o
fim de tarde, de noite e de madrugada. Durante o dia costuma descansar
escondida na mata ou dentro d´água, local considerado como refúgio para elas.
Em períodos de cheias, com a inundação das florestas, a anta mergulha atrás de
frutos caídos das árvores. A principal predadora da anta adulta é a onça-pintada.
Os jovens e filhotes também são presas das suçuaranas e jacarés. A anta, além
de ser o maior mamífero terrestre da América do Sul, é considerada a jardineira
de nossas florestas, por ser uma excelente dispersora de sementes, contribuindo
dessa forma para a formação e manutenção da biodiversidade dos biomas
brasileiros onde vive (Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal).
Cupins
Os cupins podem ser considerados espécie-chave
devido a sua grande abundância e impacto no ambiente. Esses insetos capazes de
digerir celulose servem de alimento para um grande número de organismos, e os
seus ninhos, os cupinzeiros, servem de abrigo a um monte de animais de diversas
espécies, incluindo invertebrados e vertebrados. São muito importantes para o
solo, influenciando diretamente na sua estruturação e fertilidade. Os cupins ao
construírem seus ninhos no solo fazem vãos e pequenos canais, permitindo com
que os solos sejam aerados e drenados. A movimentação dos cupins faz com que
haja maior circulação de partículas no solo. Por consequência, outras funções
importantes seriam a de descompactação, a de manutenção da porosidade e
distribuição de matéria orgânica. Ou seja, este grupo é muito importante tanto
para a estruturação física quanto química do solo. Eles têm papel importante
nos processos de decomposição, ciclagem de nutrientes, fixação de nitrogênio,
fluxo do carbono, incorporação de matéria orgânica e condicionamento do solo.
Onças
A onça-pintada exerce importante
função ecológica para a manutenção do equilíbrio dos ambientes onde ocorre,
principalmente por regular o tamanho das populações de suas espécies presas
como, por exemplo, queixadas, capivaras e jacarés. É um animal que exige
extensas áreas preservadas para sobreviver e se reproduzir. Dessa forma, a
onça-pintada é considerada uma espécie guarda-chuva, pois suas exigências
ecológicas englobam todas as exigências das demais espécies que ocorrem no seu
ambiente. Ou seja, quando a onça estiver bem, outras espécies estarão bem
também.
Peixes-boi
No Brasil existem duas espécies de peixe-boi, uma
que vive no ambiente marinho (em água salgada e estuários) e outra que vive nos
rios (em água doce). Os peixes-bois fertilizam a água dos rios com os
nutrientes encontrados em sua urina e fezes que serve de alimento para muitas
larvas de peixes e fitoplânctons. Além disso, contribuem para o controle
biológico de plantas aquáticas, regulando a sua multiplicação. A espécie
marinha evita que algas se acumulem em um único local da costa e também as
impedem de alcançar superfícies litorâneas e dificultar a vida marinha nesses
locais.
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